sábado, 25 de junho de 2011

História de dia 21 de Junho

Neste dia a história não era recomendada aos pequenos que tem medo do escuro. ;) Quando perguntei: Quem tem medo do escuro? Alguns meteram o dedo no ar. E assim que começou a história fez-se silêncio profundo até ao delicioso final.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Pinguim_últimos capítulos_dia 14 Junho

Neste dia, terminou a história "Pinguim" com a leitura dos dois últimos capítulos.

Foi uma grande emoção. A história seguiu-se de uma conversa de reflexão e dabete de sugestões alternativas ao fim da história. Incialmente, as crianças não perceberam bem o final da história, a ideia do avô ter ido ter com a avó Ema, não era perce, seguiu-se uma longa e reflectida conversa, onde as crianças se deparam com o tema da morte, fazendo esta parte do ciclo normal da vida.



No entanto, as crianças sugeriram que o Carlos, já crescido com 13 anos(fazem questão de referir esta idade) tivesse ido buscar o seu amigo "Pinguim" a casa do avó Ramiro. Nessa altura, questiono sobre a atitude que a mãe sempre manifestou em relação à não aceitação do Pinguim. Eles acreditam que ela tenha mudado e sendo agora o Carlos mais crescido pode tomar conta do Pinguim. É interessante toda esta reflexão e os pontos de vista das crianças. É a sua perspectiva também sobre a vida real.



Acredito que esta história irá manter-se bem viva no coração de cada uma destas crianças.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Pinguim_capítulo 9

Neste dia, as crianças vieram euforicas contar-me que na escola havia uma feira do livro onde encontraram o livro "Pinguim". Foi muito bom sentir o entusiasmo das crianças. O facto destas conhecerem e reconhecerem o livro que lhes é querido noutro contexto é muito importante. Parece-me que além de criar agradáveis momentos de partilha de leitura este livro tem alterado a perspectiva das crianças quanto ao livro, às histórias e afins. E com certeza tem feito muitas destas crianças sonhar... isso é fundamental porque fica sempre algo por contar, de capítulo para capítulo...



Agora no capítulo 9, o final está ainda mais próximo.



Carlos foi a casa do avô com o qual esteve a construir, durante vários dias, uma casa de madeira para o seu amigo Pinguim. Também teve de o ensinar as regras de higiene porque o Pinguim deixava a cozinha a cheirar muito mal. Até a mãe de Carlos mandava comida para o Pinguim.

Leitura surpresa de poesia

Uma criança de 12 anos veio com um poema "Espelhos" de Gastão Cruz para ler, disse que o ia apresentar na aula de português mas antes gostava de ler para nós.

"O mar que em mim se espelha
e em mim se degrada
somente se assemelha
à boca derrotada

pelos usos inúteis
do amor e da fala
Ele reflecte fúteis
as imagens que exala

É o mar que me espelha
o líquido onde nada
à vida se assemelha
como uma fútil fala"

Logo, seguiu-se outra criança que tendo já preparado o poema para a sua aula, também o quis ler: "Fundo do mar" de Sophia de Mellho Breyner Andersen.

No fundo do mar há brancos pavores,
Onde as plantas são animais
E os animais são flores.

Mundo silencioso que não atinge
A agitação das ondas.
Abrem-se rindo conchas redondas,
Baloiça o cavalo-marinho.
Um polvo avança
No desalinho
Dos seus mil braços,
Uma flor dança,
Sem ruído vibram os espaços.

Sobre a areia o tempo poisa
Leve como um lenço.

Mas por mais bela que seja cada coisa
Tem um monstro em si suspenso.

Deixo aqui um video deste poema. Clique, Aqui.

Eu peguei no manual da criança, ou atendendo aos seus 12 anos, é melhor dizer da jovem e escolhi para ler um poema que me é muito querido "Lágrima de preta" de Antonio Gedeão.

Encontrei uma preta
que estava a chorar
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar

Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado

Olhei-a de um lado
do outro e de frente
tinha um ar de gota
muito transparente

Mandei vir os ácidos
as bases e os sais
as drogas usadas
em casos que tais

Ensaiei a frio
experimentei ao lume
de todas as vezes
deu-me o qu'é costume

Nem sinais de negro
nem vestígios de ódio
água (quase tudo)
e cloreto de sódio

História do dia 31 Maio

Neste dia fui à sala da Instituição, escolhi um dos livros infantis e apresentei-os às crianças mais pequenas, do ensino pré-escolar que ficaram muito admiradas, no final da história, quando eu lhes disse que o livro era deles que se encontrava na sua sala.
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Esta história conta-se, em partes, através de imagens. Por isso, foi necessária uma intensa participação das crianças que à medida que a história era contada por imagem, traduziam-na verbalmente. Foi muito divertido! Espero que as crianças aprendam com a ratinha Ritinha e não se distraiam como ela que deixou os crepes queimar, ou que evitem ser gulosos como a Ritinha que comeu todos os morangos, ficando desta forma sem lanche para os seus amigos que ela tinha convidado para vir lanchar.

Contudo no final da história, na retroacção que as crianças fizeram da história, o que mais destacavam era o disparate quando a Ritinha, desastrada ao virar os crepes, estes foram parar a todo o lado da cozinha: no candeeiro, no frigorífico ou no chão. Mas tudo faz parte da história e este é o momento mais divertido e insólito. Viva a animação!